O Olhar - Fazer Interdisciplinar no Atendimento às Vítimas de Violência Doméstica no Âmbito Policial: Estudo Preliminar

Cadernos UniFOA

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ISSN: 1982-1816
Editor Chefe: Laert dos Santos Andrade
Início Publicação: 10/06/2006
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Multidisciplinar

O Olhar - Fazer Interdisciplinar no Atendimento às Vítimas de Violência Doméstica no Âmbito Policial: Estudo Preliminar

Ano: 2009 | Volume: 4 | Número: 9
Autores: Michael Hermann
Autor Correspondente: Michael Hermann | [email protected]

Palavras-chave: Interdisciplinaridade. Violência doméstica. Segurança pública.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este trabalho foi desenvolvido durante uma experiência profissional dentro de uma delegacia de polícia – instituição esta que, no final da década de 90, passou por várias reformas não só dentro do seu aparato administrativo, mas na sua concepção de como a mesma vê a violência e suas causas. Os novos profissionais policiais capacitados e preparados vêm com esta concepção, porém, ainda maculada com as velhas práticas repressoras e burocráticas da própria instituição. Com essa mudança, vem à inclusão dos profissionais não policiais, constituídos em sua maioria por assistentes sociais, psicólogos e pedagogos, que primeiramente não são incorporados nos quadros da polícia estadual, mas fazem parte de um projeto que gerou tais modificações dentro do aparato da segurança pública no Estado do Rio de Janeiro. Tal projeto se denomina Programa Delegacia Legal, em que o grupo gestor do mesmo nãoquer que o projeto seja passageiro, fruto de um momento conjuntural e político, mas quer que ele faça parte do organograma que constituí o sistema de segurança pública de fato. Dentro da “delegacia legal” há a constituição de uma equipe de profissionais – policiais ou não – prontos para atender a população que necessita de demandas que ultrapassam a natureza criminal. As demandas que fogem ao objeto do inquérito policial são ainda desprezadas por muitos profissionais policiais, e gera conflitos com os demais profissionais não policiais – que são capacitados a atenderem tais demandas. Este trabalho expõe as formas de como estas equipes são constituídas dentro de uma delegacia de polícia, e mostra como é possível formar uma equipe – constituída de profissionais policiais e não policiais – que trabalhe de uma forma interdisciplinar, atendendo assim a todas as demandas e encaminhamentos posteriores, mesmo com todas as dificuldades institucionais e com a correlação de forças presente.



Resumo Inglês:

This work was developed during a professional experience inside a police station. In the late 90s, such institution underwent some reforms that were both administrative ones and about its conception of violence and its causes. The new trained police officers already have this conception; however, it is still linked with repressive and bureaucratic practices of the institution itself. With this change, there is the inclusion of professionals who are not police officers, being most of them social assistants, psychologists and educators, which are not incorporated in the state police at first, but they are part of a project that has made such changes in the public security in the state of Rio de Janeiro. This project is called “Programa Delegacia Legal” (Legal Police Station Program)in which the management group does not want the project to be temporary as a result of the conjectural and political moment, but the group wants it to be part of the organogram that, in fact, constitutes the public security system. Inside the Delegacia Legal there is a team of professionals – police officers or not – ready to deal with people who need what is beyond criminal nature. The demands that have nothing to do with the police enquiry are disregarded by many police officers, which promotes disagreement with the other professionals who are capable of dealing with such demands. This work explains how teams are formed within a police station and shows how a team – being formed by professional police officers or not – can work in an interdisciplinary way, assisting all that follows, even with all the institutional difficulties and actual correlation of forces.