O OURO DO CERRADO: A DINÂMICA DO EXTRATIVISMO DO PEQUI NO NORTE DE MINAS GERAIS
Revista Geoaraguaia
O OURO DO CERRADO: A DINÂMICA DO EXTRATIVISMO DO PEQUI NO NORTE DE MINAS GERAIS
Autor Correspondente: M. N. S. Silva, M. A. S. Tubaldini | [email protected]
Palavras-chave: Pequi, Extrativismo, Campesinato, Norte de Minas
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Resumo Português:
Este artigo analisa a dinâmica econômica engendrada pelo extrativismo do pequi no Norte de Minas Gerais. Os territórios estudados compreendem comunidades camponesas dos municÃpios de Campo Azul e Japonvar, inseridos no circuito econômico, social e cultural do pequi na região norte mineira. A abordagem dessa pesquisa é essencialmente qualitativa. Os resultados foram obtidos através de observação sistemática nos territórios estudados e entrevistas semiestruturadas aplicadas aos camponeses sertanejos norte mineiros. Além disso, foram utilizados na pesquisa alguns relatos orais de camponeses catadores de pequi, que foram mantidos na linguagem coloquial. Os resultados indicaram que o extrativismo do pequi possui uma importante dinâmica econômica na região norte mineira, configurando-se como uma fonte de renda complementar para os camponeses de Japonvar e Campo Azul e, muitas vezes, sendo a principal renda dessas famÃlias sertanejas durante o ano. Constatou-se que a renda obtida com a venda do pequi é coletiva, pois, ainda que à s vezes a coleta do fruto seja individual, o destino da renda é para a famÃlia camponesa. O preço médio da caixa de pequi vendida pelos camponeses de Japonvar começa elevado, se estabilizando à medida que a oferta do fruto no mercado norte mineiro aumenta; em contrapartida, o preço em Campo Azul é crescente, começando baixo e se elevando no fim da safra do pequi.