O pano verde da ilusão: o imaginário e o jogo ilegal

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ISSN: 1807-8583
Editor Chefe: Basílio Sartor / Suely Fragoso
Início Publicação: 31/12/1996
Periodicidade: Mensal
Área de Estudo: Comunicação

O pano verde da ilusão: o imaginário e o jogo ilegal

Ano: 2019 | Volume: 0 | Número: 44
Autores: Couto. Elza Kioko Nakayama Nenoki, Silva. Anderson Nowogrodzki da
Autor Correspondente: Couto. Elza Kioko Nakayama Nenoki | [email protected]

Palavras-chave: antropologia do imaginário, mito, regimes, jogos ilegais

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A linguagem dos depoimentos de jogadores compulsivos é suscetível de explicar a relação simbólica deles com o mundo. A partir dessa perspectiva, examinam-se as imagens míticas que podem ser depreendidas de significantes linguísticos. Por meio de depoimentos de jogadores compulsivos coletados na internet, reflete-se sobre o trajeto antropológico do imaginário do jogador de jogos ilegais e seu mito. Os pressupostos teóricos deste trabalho têm por base a antropologia do imaginário de Gilbert Durand, segundo a qual a relação do sujeito com o objeto pode ser representada por uma imagem. Dessa forma, configura-se uma pesquisa qualitativa, baseada no método hipotético-dedutivo, a fim de interpretar e analisar dados que permitam alcançar um valor de verdade. Jogar com o acaso ou com as probabilidades pode ter o sentido simbólico de negociar com o destino. Poder controlar o próprio destino é possível apenas aos deuses, os seres imortais. Portanto, o espaço do jogo ilegal é um espaço profano em contato com a esfera do sagrado, que possibilita a ilusão de jogar com o destino. Nesse sentido, o jogo pode ser visto como uma experiência mítica.



Resumo Inglês:

The language of compulsive gamblers' statements is likely to explain their symbolic relationship to the world. From this perspective, one examines the mythic images of the senses of linguistic signifiers. Through testimonies of compulsive gamblers collected on the internet, it is reflected on the anthropological path of the player's imaginary of illegal games and their myth. The theoretical assumptions of this work are based on the anthropology of the imaginary of Gilbert Durand, according to which the relation of the subject to the object can be represented by an image. Playing with chance or odds can have the symbolic sense of trading with fate. Being able to control one's fate is possible only to the gods, the immortal beings. Therefore, the space of illegal gambling is a profane space in contact with the sphere of the sacred, which enables this illusion of playing with destiny. In this sense, the game can be seen as a mythical experience.