A fotografia tornou-se objeto de análise em diversos campos do conhecimento, entre as diversas ciências; e é por isso que se justifica seu uso para além da compreensão puramente jornalística ou retratista. A proposta de se compreender a fotografia como categoria analítica do discurso da Cooperação Internacional para o Desenvolvimento colabora na identificação dos atores, no desocultamento de quem produz a imagem, para quem, e a sua relação de efeito nas práticas da política de cooperação. No hibridismo entre diferentes linguagens, próprias do mundo globalizado, narrativas políticas não se furtam de utilizar tais recursos. Nesse sentido, os Estados passeiam por esses novos caminhos para construção de suas ações políticas; e a fotografia, então, surge como olhos do cego ao mesmo tempo como a cegueira da visão.