O parto e a autonomia da mulher: de sujeito a objeto

Revista Avant

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ISSN: 2526-9879
Editor Chefe: Christian Souza Pioner e Milena Ovídio Valoura
Início Publicação: 16/03/2017
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Direito

O parto e a autonomia da mulher: de sujeito a objeto

Ano: 2019 | Volume: 3 | Número: 1
Autores: Victória Gabriela Brito Salgado
Autor Correspondente: Victória Gabriela Brito Salgado | [email protected]

Palavras-chave: Medicalização, Parto, Mulher, Autonomia, Violência obstétrica

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente estudo aborda o processo de medicalização do corpo feminino e a hospitalização do parto, apresentando, inicialmente, breve histórico das alterações ocorridas desde o século XIX até os dias atuais, objetivando, assim, verificar como se deu a passagem do parto de um evento fisiológico e feminino para um evento médico e patológico. Após, discute-se a conjuntura atual dos partos no Brasil analisando, através de pesquisa bibliográfica, o excesso de cesáreas e as violências sofridas pelas mulheres brasileiras que passam pelo fenômeno do parto. Em vista disso, com o escopo de conscientizar e retomar a autonomia da mulher, tornou-se necessário não apenas conceituar e exemplificar as práticas de violência obstétrica, como também discorrer sobre a humanização e os direitos das gestantes.



Resumo Inglês:

The present study approaches the medicalization process of the female body and the childbirth hospitalization, presenting, initially, a brief history of the changes that occured since the nineteenth century until now, in order to verify how the childbirth changed of a physiological and feminine event to a medical and pathological event. After, it discuss the actual conjuncture of childbirth in Brazil, analyzing bibliographic and quantitative research performed by the author, the excess of cesarean section and the violence soffered by brazilian women who pass through the childbirth phenomenon. Because of this, with the aim of aware and restoring women's autonomy, it became necessary not just conceptualize and exemplify the obstetric violence, but also discuss about humanization and the rights of pregnant women.