Ao modificar a estrutura geo-ocupacional do país, gerar um processo desenfreado de urbanização e alterar profundamente o perfil dos conflitos sociais, as transformações sócio-econômicas ocorridas entre 1940 e 1980 provocaram significativas mudanças no âmbito do Judiciário: além de propiciar o aparecimento de novos tipos de problemas para cuja solução não havia soluções previamente estabelecidas pela legislação, essas transformações também terminaram por ampliar o número de demandas judiciais. À medida que avançou o desenvolvimento econômico, o acesso à justiça foi sendo, paralelamente, apreendido como um direito político por parte das maiorias desfavorecidas - o que obrigou o setor público e muitas entidades representativas da sociedade civil a criar serviços gratuitos de assistência judiciária.