Este artigo apresenta o pluralismo personalista como proposta de superação do pluralismo vigente na sociedade caracterizado por uma exacerbada afi rmação da diferença fortalecendo o individualismo como estilo de vida. Por esta razão não é de se estranhar que haja muitas verdades e todas exigindo o mesmo espaço na sociedade. Isto aumenta os confl itos sociais a ponto de se perguntar se ainda se pode viver e agir juntos. Neste contexto, se faz necessário um ponto de convergência criador de uma base mínima de homogeneidade cultural e social. Apontamos a pessoa humana, compreendida segundo o personalismo de Karol Wojtyła, como sendo este elemento. Em base a isso começamos a elaborar o pluralismo personalista. Trata-se do pluralismo que considera a pessoa humana como seu fundamento, ponto de convergência e de comunhão das partes da coletividade, conservando a unidade e a diversidade, em vista do bem comum. Nesta pesquisa usamos o método analítico e a pesquisa bibliográfi ca. Com isso chegamos ao esboço conceitual de pluralismo personalista possível de ser praticado na vida social. Esta factibilidade provém da ordem ôntica (analogia do ser e a participação metafísica) e a “participação”, noção elaborada por Wojtyła. Contudo, o êxito deste tipo de pluralismo está condicionado à educação para o encontro com o outro e o reconhecimento da pessoa humana como tal.
This article presents the personalist pluralism as a proposal to overcome the pluralism currently present in society that distinguishes itself by an exacerbated stress on difference thus reinforcing individualism as a lifestyle. For this reason, it is not surprising that there are many truths, all of them demanding the same space in society. This multiplies social confl icts to the point of putting into question if it is still possible to live and act together. In this context, there is a need for a point of convergence that creates a minimum basis of cultural and social homogeneity. We indicate the human person as this point, understood according to Karol Wojtyła’s personalism. On this basis, we began to elaborate the personalist pluralism. It is about a pluralism that considers the human person as its foundation, point of convergence and communion of the parts of the community, preserving unity and diversity, for the common good. In this research it is used the analytical method and bibliographical research. With this we come to the conceptual outline of personalist pluralism that can be practiced in social life. This feasibility comes from the ontic order (analogy of being and metaphysical participation) and “participation”. However, the success of this kind of pluralism is conditioned to the education for the encounter with the other and the recognition of the human person as such.