O PODER DAS COISAS: CORPA, FALOCENTRISMO, TRANSGENERIDADE E ARQUEOLOGIA

Arche

Endereço:
Av. Itália - s/n - Carreiros
Rio Grande / RS
96214-160
Site: http://arche.furg.br
Telefone: (53) 3293-5076
ISSN: 2675-8148
Editor Chefe: Yndhara Trindade Costa
Início Publicação: 25/12/2020
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Arqueologia

O PODER DAS COISAS: CORPA, FALOCENTRISMO, TRANSGENERIDADE E ARQUEOLOGIA

Ano: 2020 | Volume: 1 | Número: 1
Autores: Violet Baudelaire Anzini
Autor Correspondente: Violet Baudelaire Anzini | [email protected]

Palavras-chave: Arqueologia, transfeminismo, falocentrismo, teorias da significação.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo propõe um debate sobre uma teoria dos signos corporais para a arqueologia, tendo como base teórica e empírica a pesquisa que desenvolvi durante meu TCC entre 2018 e 2019 a respeito das vivências cotidianas de mulheres trans e travestis na sociedade contemporânea, através de metodologias qualitativas. Portanto, estas reflexões questionam as bases hegemônicas da arqueologia, que convencionalmente se voltaram para estudos cis-heteronormativos do passado e da cultura material. Ao questionar estes pilares, eu proponho uma arqueologia clandestina para analisar as coisas que constituem as corpas de mulheres trans e travestis, compreendendo a relação que existe entre a construção discursiva de significados performados na corpa e as interações sociais por ela estabelecidas no interior da cultura falocêntrica e genitalista, contexto que legitima os fenômenos da transfobia, como a hipersexualização e o limbo afetivo, logo, esta arqueologia pode ser considerada transfeminista e do/ no contemporâneo.