O poder e a biopolítica: as fronteiras que separam a vida digna da vida indigna de ser vivida

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ISSN: 21787719
Editor Chefe: Angelo Ferreira Monteiro
Início Publicação: 31/12/2009
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Multidisciplinar

O poder e a biopolítica: as fronteiras que separam a vida digna da vida indigna de ser vivida

Ano: 2018 | Volume: 9 | Número: 1
Autores: Gabriel Silva Rezende
Autor Correspondente: Gabriel Silva Rezende | [email protected]

Palavras-chave: Biopoder; Poder Soberano; Vida Nua.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente trabalho tem como objetivo analisar quanto à localização do espaço da biopolítica nos contornos da noção do poder soberano e a vida nua, principalmente, nas formas de pensar sobre as práticas políticas que não se enquadram facilmente em categorias tradicionais, como a noção de biopoder. Abordaremos sob o esquema teórico de Agamben e Foucault, ressaltando a característica na qual o poder soberano não mais repousa sob a direção de apenas um sujeito dotado de características excepcionais. No intuito de desvelar, sob a ótica dos autores, como o desenvolvimento das intervenções biopolíticas ocorre, cada vez mais, de maneira velada, amparadas por um saber-poder que as legitima, e emanadas de centros de poder cada vez mais descentralizados. Caracterizando um binômio: a vida qualificada (bios), a vida que merece ser vivida em plenitude e protegida por ser incluída numa comunidade política (como na pólis) e instituída de direitos; e a mera vida (zoé), a vida nua não qualificada, desprovida de garantias e exposta à morte.



Resumo Inglês:

The present work aims to analyze the location of the space of biopolitics in the contours of the notion of sovereign power and bare life, especially, in ways of thinking about political practices that do not easily fall into traditional categories, such as the notion of biopower. We will approach under the theoretical scheme of Agamben and Foucault, emphasizing the characteristic in which the sovereign power no longer rests under the direction of only a subject endowed with exceptional characteristics. In order to reveal, from the point of view of the authors, how the development of biopolitical interventions occurs, increasingly, in a veiled way, supported by a knowledge-power that legitimates them, and emanating from increasingly decentralized centers of power. Characterizing a binomial: qualified life (bios), life that deserves to be lived to the fullest and protected by being included in a political community (as in the polis) and instituted of rights; and mere life (zoé), naked life unqualified, devoid of guarantees and exposed to death.