Este trabalho pretende trazer à baila algumas das atuais investidas biocientíficas na construção de narrativas e explicações para questões que tradicionalmente se constituíram no âmbito das Ciências Humanas. Visa, assim, apreender o que há de efetivamente novo em seus significados histórico-sociais. Para tanto, concentraremos atenção especial às respostas ontológicas que as biociências vêm dando à questão “O que é o homem?”. A ideia é apresentar as obras Armas, Germes e Aço e Tábula Rasa de Jared Diamond e Steven Pinker, respectivamente, autores consagrados no campo das Ciências Naturais contemporâneas, tendo em vista, entre outras características, a crítica que desferem a duas importantes características do campo do saber “pós-moderno”: o seu caráter antiontológico e seu fundamento antimetanarrativo. A ideia por nós defendida é de que a lacuna teórica aberta durantes as décadas de 70 e 80 pelo discurso pós-modernista foi uma das responsáveis pela disseminação da ontologia-biocientífica.
This paper aims to understand some of the current bioscience invested in the construction of narratives and explanations for issues that traditionally constituted under the Humanities. Thus seeks to grasp what’s actually new in their historical and social meanings. To do so, we will focus particular attention to responses ontological that the biosciences are giving to the question “What is man?”. The idea is to analyze the Guns, Germs and Steel and Tabula Rasa Jared Diamond and Steven Pinker, respectively, renowned authors in the field of Natural Sciences contemporary works, with a view, among other features, the criticism that desferem two important characteristics of the field knowledge “post-modern”: antiontológico your character and your antimetanarrativo plea. The idea is that we defended the open theoretical gap during his decades of 60, 70 and 80 by postmodern discourse was one of those responsible for the dissemination of ontology-bioscience.