Este trabalho objetiva fazer uma breve reconstrução das soluções que diferentes autores, tais como Frege, Meinong, Russell, e Quine, fornecem ao problema das sentenças existenciais negativas, a saber, o fato de não se poder coerentemente negar a existência de algo sem, ao fazê-lo, estar pressupondo a mesma. A solução proposta por Frege consiste em tratar a existência como um conceito de segundo nÃvel, aplicável, não a objetos, mas a conceitos de primeiro nÃvel. Meinong, por outro lado, tenta resolver a dificuldade distinguindo existência de subsistência. O ponto central da solução proposta por Russell é a sua análise diferenciada das sentenças existenciais contendo nomes próprios e descrições definidas, na qual estas são tratadas como sentenças gerais. Quine, por seu turno, desenvolve ainda mais a concepção russelliana, radicalizando-a com a eliminação completa de sentenças singulares.