O seguinte ensaio trata da filosofia do amor desde antes do cristianismo, na Antiguidade Clássica. Partimos do pressuposto que a palavra ‘filosofia’ tem uma dívida não apenas etimológica, mas conceitual com as definições de amor, de forma que se faz pertinente uma investigação mais detida sobre o assunto. Talvez a filosofia do amor seja a própria filosofia já que ela invoca uma certa atitude com respeito a σοφία, à sabedoria (e ao conhecimento) e a toda essa vizinhança muito explorada,mas que por si mesma é digna de consideração quando se considera o amor ele mesmo. Começamos com a interpretação cristã de C.S. Lewis sobre a Afeição, Amizade, Eros e Caridade para em seguida introduzir a visão pagã greco-romana e suas possíveis derivadas. Concluímos com a indagação sobre o amor ser outra coisa que uma definição estanque ou indeterminação abstrata.
The following essay deals with the philosophy of love since before Christianity, in Classical Antiquity. We start from the assumption that the word 'philosophy' owes not only an etymological but also a conceptual debt to the definitions of love, so that a more detailed investigation of the subject is pertinent. Perhaps the philosophy of love stops nowhere short of philosophy itself, since it invokes a certain attitude towards σοφία, wisdom (and knowledge) and all that much explored neighborhood which is nevertheless worthy of attention when love itself a concern. We begin with C.S. Lewis' Christian interpretation of Affection, Friendship, Eros and Charity and then introduce the Greco-Roman pagan view and its possible derivatives. We conclude by asking whether love is anything other than a watertight definition or abstract indeterminacy.