O presente artigo tem por objetivo explicitar os principais elementos constituintes de um artefato da cultura popular, o estilo musical highlife, que surgiu no início da década de 1900 na Costa do Ouro e que, na década de 1950, fora vinculado por atores políticos ao esforço anticolonial. As práticas associadas a tal estilo musical, provenientes de vários lugares do globo, foram tomados ideologicamente enquanto os signos par excellence de uma distintividade “africana” e “ganesa”. Neste trabalho pretendo explicitar o processo de africanização das práticas associadas a tal estilo musical. Para tanto, será elaborado um mapeamento acerca das teorias sobre cultura popular e, posteriormente, elencarei dados bibliográficos relativos ao contexto histórico analisado.