O presente artigo analisa as representações sobre o negro em exposições museais do Rio Grande do Sul mapeando os possíveis ensinamentos que são produzidos sobre o negro nessas instituições. Por meio de uma análise cultural baseada na perspectiva teórica dos Estudos Culturais em Educação, tomamos como artefatos culturais as exposições do Museu Julio de Castilhos (MJC) e do Museu de Percurso do Negro em Porto Alegre (MPN). No MJC analisamos a exposição Período Escravista, onde predominam representações racializadas do negro. No MPN, a análise se dá a partir dos três marcos que integram o percurso expositivo do museu nas ruas do centro da cidade de Porto Alegre, onde se percebe a presença de contra-estratégias de contestação ao regime de representações racializadas por meio da reinvenção de aspectos da cultura e da história do negro em Porto Alegre.