O RETORNO DOS KAINGANG À TERRA INDÍGENA INHACORÁ APÓS A DESAPROPRIAÇÃO: desafios e possibilidades

Revista Orbis Latina

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ISSN: 2237-6976
Editor Chefe: Prof. Dr. Gilson Batista de Oliveira
Início Publicação: 01/12/2011
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

O RETORNO DOS KAINGANG À TERRA INDÍGENA INHACORÁ APÓS A DESAPROPRIAÇÃO: desafios e possibilidades

Ano: 2017 | Volume: 7 | Número: 3
Autores: Alice do Carmo Jahn, Elaine Marisa Andriolli, Gabriela Manfio Pohia, Jéssica Manzzonetto, Maria da Graça Porciúncula Soler
Autor Correspondente: Alice do Carmo Jahn | [email protected]

Palavras-chave: índio, kaingang, cultura, diversidade, território, saúde

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

No presente artigo faz-se uma reflexão teórica acerca das implicações que o processo de expropriação da Terra Indígena Inhacorá acarretou à vida dos Kaingang ao retornarem ao seu Território, com destaque à saúde. O estudo faz parte da inserção acadêmica no Programa de Extensão em Desenvolvimento Regional Sustentável desenvolvido nessa TI, localizada no município de São Valério do Sul, Rio Grande do Sul, (RS) – Brasil. Nessa TI habitam cerca de mil e trezentos indígenas que, após terem sofrido a violação de seus direitos territoriais e culturais e a imposição de uma política integracionista, procuram resgatar e manter viva sua tradição, seus saberes e práticas em defesa de uma atenção diferenciada nos diversos aspectos em seu coletivo, visando a sustentabilidade indígena e o respeito ao seu pensamento cultural. Os Kaingang buscam parcerias para refletir sobre a construção de propostas e caminhos voltados às suas prioridades, como vem acontecendo com a inserção da Universidade Federal de Santa Maria – UFSM. Mediante a aproximação dos saberes interculturais e a convivência entre os interlocutores, a temática saúde é um dos desafios na perspectiva de uma atenção diferenciada que respeite os saberes e práticas culturais, além da importância de os profissionais de saúde da aldeia aliarem aos seus os saberes culturais do Kuiã, parteiras e dos Kofá Kaingang. Este estudo, potencialmente, propicia a realização de outros que envolvam os indígenas e seus projetos de vida coletiva, respeitando seus saberes tradicionais, sua organização social e o protagonismo Kaingang. Também poderá nortear estudantes e profissionais de diferentes áreas do conhecimento, em especial na condição de um novo campo de estudos e saberes interculturais, gerando produções contributivas para a promoção do desenvolvimento sustentável, revitalização e resgate da cultura indígena.



Resumo Espanhol:

El presente artículo introduce una reflexión teórica acerca de las implicaciones que el proceso de expropiación de la Tierra Indígena Inhacorá (T) ocasionó a la vida de los Kaingang al retornar a su Territorio, con destaque para la salud. El estudio hace parte de la inserción académica en el Programa de Extensión en Desarrollo Regional Sostenible desarrollado en esa TI, ubicada en la municipalidad de São Valério do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil. En esa TI habitan cerca de mil trecientos indígenas que, tras haber sufrido la violación de sus derechos territoriales y culturales y la imposición de una política integracionista, buscan rescatar y mantener viva su tradición, sus saberes y prácticas en defensa de una atención diferenciada en su colectivo, con vistas a la sostenibilidad indígena y el respeto a su pensamiento cultural. Los Kaingang buscan alianzas para reflexionar sobre la construcción de propuestas y caminos dirigidos a sus prioridades así como ha ocurrido con la inserción de la Universidad Federal de Santa Maria – UFSM. Por medio de la aproximación de los saberes interculturales y la convivencia entre los interlocutores, el tema salud es uno de los desafíos en la perspectiva de una atención diferenciada que respeta los saberes y prácticas culturales, además de la importancia de que los profesionales de salud de la aldea suman a los suyos los saberes culturales de Kuiã, parteras y de los Kofá Kaingang. Este estudio potencialmente incentiva la realización de otros que envuelvan los indígenas y sus proyectos de vida colectiva, respetando sus saberes tradicionales, su organización social y el protagonismo Kaingang. Además podrá orientar a los estudiantes y profesionales de distintas áreas del conocimiento, en especial en la condición de un nuevo campo de estudios y saberes interculturales, generando producciones que contribuyen para la promoción del desarrollo sostenible, revitalización y rescate de la cultura indígena.