O RETRATO E A “INDEISCÊNCIA” DE OSCAR WILDE: uma aplicação da fenomenologia aos estudos literários

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ISSN: 21793948
Editor Chefe: Cícero da Silva
Início Publicação: 30/06/2010
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Letras, Área de Estudo: Linguística

O RETRATO E A “INDEISCÊNCIA” DE OSCAR WILDE: uma aplicação da fenomenologia aos estudos literários

Ano: 2011 | Volume: 2 | Número: 2
Autores: Akemi Nakasone Peel Furtado de Oliveira, Luiz Roberto Peel Furtado de Oliveira
Autor Correspondente: Akemi Nakasone Peel Furtado de Oliveira | [email protected]

Palavras-chave: literatura, fenomenologia, semiótica, estética

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Neste pequeno texto, os autores traçam um paralelo entre Oscar Wilde e Merleau-Ponty no
que tange à deiscência da contemplação artística, ou seja, vislumbram o despertar
possibilitado pela arte como uma das aberturas críveis para a cognição madura e consciente,
sendo que a personagem principal do romance se torna indeiscente, justamente por contrariar
esse processo, por não permitir o desabrolhar da sua contemplação intuitiva. A relação de
Dorian Gray com o retrato se estabelece como uma indeiscência ou um fechamento para a
semiose vital que forma repertórios e que permite o desabrochar e o desenrolar de processos
psíquicos superiores. O conflito de Dorian é mimese da inquietação elementar do seu autor,
pois Wilde cria uma história cujo conflito básico é a efemeridade da beleza – o belo é finito e
a morte, sua companheira mais fiel, inevitável; e, paralelamente à fábula, constrói um enredo
cujo conflito é o fracasso da personagem principal em atingir o prazer puramente estético, já
que o jovem atribuíra ao retrato uma função purgatória.



Resumo Inglês:

In this little text, the authors make a parallel between Oscar Wilde and Merleau-Ponty as far
as the dehiscence of artistic contemplation is concerned , that is, they take a glimpse of the
awakening allowing , through art, one possible credible opening for the mature and aware
cognition being that the main character of the romance becomes indehiscent , exactly for not
allowing the bloom of his intuitive contemplation. Dorian Gray´s relationship with his picture
is established like an indehiscence or a closing to the vital semiosis that composes the
repertoires, and that allows the blooming and the development of superior psychological
processes. Dorian´s conflict is the mimeses of the elementary restlesness of his author
because Wilde creates a story whose basic conflict is beauty frailty-beauty is finite and death,
its most faithful companion , inevitable; and, parallel to the fable, constructs a plot whose
conflict is the main character´s failure in achieving the purely esthetical pleasure, since the
young man had assigned to the picture a purgatory function.