Para Vladimir Jankélévitch, os aconte-cimentos são cada vez menos engra-çados na medida em que abrangem regiões mais profundas e mais centrais da existência. Não se brinca com a mor-te, porque ela mata; brinca-se, porém, de esconde-esconde com as variedades empíricas do perigo. Isto posto, pre-tendo analisar neste artigo os textos teatrais Torquemada (1971) e Murro em ponta de faca (1978), de augusto Boal. Escritos pelo autor no exílio, procura-rei contextualizar o fenômeno do riso nessas condições particulares. Parale-lamente, darei destaque aos temas da identidade, do ser, da alteridade e da angústia
For Vladimir Jankélévitch, events are less and less funny, as they touch deeper, core areas of existence. You cannot play with death because it kills; nonetheless, you play hide-and-seek with empirical varieties of danger. This said, I intend to analyze in this article Augusto Boal’s theatrical texts torquemada (1971) and Murro em ponta de faca (1978). As they were written in exile, I will seek to contextua-lize the phenomenon of laughter in these specific conditions. At the same time, I will highlight topics such as identity, being, alterity, and anguish