O Self Reencantado: notas sobre Santo Forte e Estamira

Revista Galáxia

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ISSN: 1519311X
Editor Chefe: José Luiz Aidar Prado
Início Publicação: 31/05/2001
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Comunicação

O Self Reencantado: notas sobre Santo Forte e Estamira

Ano: 2011 | Volume: 11 | Número: 22
Autores: B. Jaguaribe
Autor Correspondente: B. Jaguaribe | [email protected]

Palavras-chave: self, reencantamento, Santo Forte, Estamira

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este ensaio examina as representações do self em dois documentários: Santo Forte (1999), de Eduardo Coutinho, e Estamira (2004), de Marcos Prado. Em ambos, as crenças religiosas e místicas dos personagens entrevistados revelam múltiplas formas de subjetividade que expressam a justaposição entre modernidades desencantadas e reencantadas na cidade contemporânea. Ao registrarem as crenças, experiências e visões místicas dos entrevistados, os diretores de cada filme forjaram pactos de reciprocidade com seus personagens. Em Santo Forte esse pacto é traçado pela técnica de entrevista pautada pela escuta empática do diretor. O registro realista da câmera potencializa a fala dos entrevistados, mas não oferece visões do mundo reencantado proveniente da crença dos personagens. Já em Estamira, os conteúdos visionários e apocalípticos de sua fala são também reforçados pelas imagens poéticas combinadas às sequências realistas documentais.



Resumo Inglês:

The Re-Enchanted Self: notes on Santo Forte and Estamira. This essay examines the representations of the self in two documentary films: Santo Forte (1999) directed by Eduardo Coutinho and Estamira (2004), directed by Marcos Prado. In both films the religious and mystical beliefs of the interviewed subjects reveal multiple forms of subjectivity that express the juxtaposition between disenchanted and re-enchanted modernities in the contemporary city. As they register the beliefs, experiences and mystical visions of the interviewed subjects, each director forges pacts of reciprocity with his characters. In Santo Forte, this pact is shaped by the director’s technique of empathetic listening. The realistic register of the camera frames the narratives of the interviewed subjects but the camera eye does not offer visions of the re-enchanted world fashioned by their beliefs. In Estamira, the visionary and apocalyptic contents of her speech are reinforced by poetic images combined with realistic documentary sequences.