O ser Quilombola e o viver em um Quilombo Construção discursiva do feminismo negro contemporâneo em fricções entre culturas rurais e urbanas

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ISSN: 16767640
Editor Chefe: Marieta Pinheiro de Carvalho
Início Publicação: 31/05/2002
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: História

O ser Quilombola e o viver em um Quilombo Construção discursiva do feminismo negro contemporâneo em fricções entre culturas rurais e urbanas

Ano: 2023 | Volume: 22 | Número: 1
Autores: Maria Aparecida Silva Ribeiro
Autor Correspondente: Maria Aparecida Silva Ribeiro | [email protected]

Palavras-chave: Memória; Quilombo; Feminismo Negro.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O artigo analisa enunciados de líder quilombola da região serrana do Estado do Rio de Janeiro, produzidos entre 2019 a 2021. Pontua nas micronarrativas, na modalidade oral da língua portuguesa, signos diretamente relacionados a eixos temáticos desenvolvidos por Lorde (2019), Gonzáles (2020) e Kilomba (2019), na construção discursivo-teórica do feminismo negro, com ênfase na relação território/luta antirracista. E tópicos da filosofia da linguagem de Walter Benjamin sobre o narrador sinalizam interfaces discursivas entre tradição e modernidade. Em resultado, redimensiona a argumentatividade da fala quilombola, de registro coloquial e variedade linguística presente na zona rural fluminense. Evidencia sintonia temática e pertencimento desse discurso, na ordem da reflexão bem como da praxis, com/a discursos em defesa de pautas identitárias, antirracistas e afirmativas de direitos das comunidades tradicionais brasileiras e afrodescendentes em diáspora.



Resumo Inglês:

The article analyzes utterances by a quilombola leader from the mountainous region of the State of Rio de Janeiro, produced between 2019 and 2021. It points out in the micronarratives, in the oral modality of the Portuguese language, signs directly related to thematic axes developed by Lorde (2019), Gonzáles (2020 ) and Kilomba (2019), in the discursive-theoretical construction of black feminism, with emphasis on the territory/anti-racist struggle relationship. And topics of Walter Benjamin's philosophy of language about the narrator signal discursive interfaces between tradition and modernity. As a result, it re-dimensions the argumentativeness of quilombola speech, of colloquial register and linguistic variety present in the rural area of Rio de Janeiro. It evidences the thematic harmony and belonging of this discourse, in the order of reflection as well as praxis, with/to discourses in defense of identity, anti-racist and affirmative guidelines of the rights of traditional Brazilian communities and Afro-descendants in diaspora.