O sertão inventado: a percepção dos sertões maranhenses pelo olhar de Francisco de Paula Ribeiro

Revista De História Regional

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ISSN: 1414-0055
Editor Chefe: [email protected]
Início Publicação: 30/06/1996
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: História

O sertão inventado: a percepção dos sertões maranhenses pelo olhar de Francisco de Paula Ribeiro

Ano: 2011 | Volume: 16 | Número: 1
Autores: Raimundo Lima dos Santos
Autor Correspondente: Raimundo Lima dos Santos | [email protected]

Palavras-chave: Paula Ribeiro, Percepção, Sertão.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este texto alude à construção de um olhar sobre
os sertões maranhenses, elaborado pelo militar português
Francisco de Paula Ribeiro, no limiar do século XIX. Em trabalhos
realizados à Corte portuguesa, na instalação de Fazendas
Reais e demarcação limítrofe entre as capitanias do
Maranhão e Goiás, Paula Ribeiro viajou por todo o sertão e
relatou, por meio de suas memórias escritas, aspectos geográfi
cos, econômicos e culturais da região. Esse conjunto de
impressões elaborado no decorrer das duas primeiras décadas
do século XIX é intitulado aqui de “percepções criadoras”.
São criadoras no momento em que os principais intelectuais
que escreveram sobre os sertões na primeira metade
do século XX conservaram parte das impressões ribeirianas,
contribuindo para a fi xação de imagens, apontando para o
abandono e desvalorização do componente humano indígena
em prol do vaqueiro.



Resumo Inglês:

This text refers to the construction of a glimpse
into the hinterlands of the Maranhão state, as formulated
by Francisco de Paula Ribeiro, a Portuguese military man,
on the threshold of the nineteenth century. While working
for the Portuguese court setting up Royal Farms and in
the demarcation of boundaries between the neighboringcaptaincies of the Maranhão and Goiás states, Paula Ribeiro
traveled throughout the hinterlands and reported, via his
written memoirs, the geographic, economical and cultural
aspects of the region. This collection of impressions produced
during the fi rst two decades of the nineteenth century is
referred to in this article as “creative perceptions.” They
are creative in a period when the main intellectuals who
wrote about the hinterlands in the fi rst half of the twentieth
century have retained some of the impressions of the
riverside population, contributing to the fi xation of images,
while denouncing the abandonment and devaluation of
indigenous human component in favor of the herdsmen.