Este trabalho analisa o papel da infiltração policial orquestrada pelo DEOPS/SP em organizações do movimento operário durante a Era Vargas. Procuramos observar como essa prática se articulava com outros procedimentos levados a cabo nas dependências do departamento para a elaboração dos inquéritos policiais. Esses procedimentos, considerados extralegais, como a prisão não autorizada pelo judiciário e o interrogatório entremeado pela tortura física e psicológica do acusado, eram a tônica do modelo investigativo do DEOPS, cujas diligências visavam à confissão do delito pelo acusado. Tais práticas levadas a cabo pelo aparelho de Estado refletiam traços de uma estratégia de controle autoritária dos espaços de sociabilidade popular, sendo que a noção de justiça era delegada aos próprios policiais, que instrumentalizavam o direito de acordo com sua noção de crime e criminalidade.
This work analyses the infiltration policeman's paper orchestrated by DEOPS/SP in the organizations of the labor movement during the Era Vargas. We tried to observe as this pratice pronounced with other mischievous procedures to cable in the dependences of this department for the inquiries policemen's elaboration. Those procedures, considered unlawfull, as rhe prision non authorized for the judiciary and the interrogation intermixed by the accused's physical and psychological torture, were the tonic of the investigation model of DEOPS, whose the diligences sought the confession of the crime for the accused. Such mischievous pratices to cable for the apparel of State reflected lines of an authoritarian control strategy for the spaces of popular sociability, which the notion of justice was delegated to the own policemen, that availed the right in agreement with your crime notion and criminality.