O presente estudo tem como objetivo geral compreender as perspectivas das/os assistentes sociais do Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB) do município de Iguatu-CE quanto à utilização da educação em saúde como instrumento de trabalho do Serviço Social. O processo de pesquisa deu-se por meio de pesquisa de campo com abordagem qualitativa; utilizou-se como técnica de coleta de dados entrevistas semiestruturadas e as informações coletadas foram analisadas e sistematizadas com base na técnica de análise de conteúdo. A partir dos achados da pesquisa, evidenciam-se algumas potencialidades quanto à utilização da educação em saúde, tais como: o fato de constituir espaços potentes no processo de desconstrução do modelo de saúde medicalocêntrico; proporcionar um ambiente de troca e construção de saberes junto aos usuários quanto às diversas formas de cuidado; o seu importantíssimo papel no incentivo à organização e participação popular, entre outras. No que se refere especificamente ao uso da educação em saúde como instrumento técnico-político do serviço social, viu-se que essas práticas dialogam diretamente com a dimensão pedagógica da profissão, bem como com o projeto ético-político do serviço social, na medida em que se busca construir uma educação em saúde emancipatória, baseada no respeito da autonomia dos sujeitos.
The present study has as its general objective to understand the perspectives of the social workers of the Expanded Nucleus of Family Health and Primary Care (NASF-AB) in the municipality of Iguatu - CE regarding the use of health education as a work tool for Social Work. The research process took place through field research with a qualitative approach; semi-structured interviews were used as a data collection technique; and the information collected was analyzed and systematized based on the content analysis technique. From the research findings, some potentialities regarding the use of health education are evidenced, such as: the fact that they constitute powerful spaces in the process of deconstruction of the medical-centric health model; to provide an environment for exchange and construction of knowledge with users regarding the various forms of care; their very important role in encouraging popular organization and participation, among others. With regard specifically to the use of health education as a technical political instrument of social work, it was seen that these practices dialogue directly with the pedagogical dimension of the profession, as well as with the ethical-political project of social work, insofar as which it seeks to build an emancipatory health education, based on respect for the autonomy of subjects.