O SERVIÇO SOCIAL E OS DIFERENTES PARADIGMAS DE INTERVENÇÃO NA POLÍTICA DE SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL

Revista de Ciências da Saúde Nova Esperança

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ISSN: 23177160
Editor Chefe: Josane Cristina Batista Santos
Início Publicação: 30/07/2013
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Agrárias, Área de Estudo: Agronomia, Área de Estudo: Medicina Veterinária, Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Educação física, Área de Estudo: Enfermagem, Área de Estudo: Farmácia, Área de Estudo: Fisioterapia e terapia ocupacional, Área de Estudo: Medicina, Área de Estudo: Nutrição, Área de Estudo: Odontologia, Área de Estudo: Saúde coletiva, Área de Estudo: Psicologia, Área de Estudo: Multidisciplinar

O SERVIÇO SOCIAL E OS DIFERENTES PARADIGMAS DE INTERVENÇÃO NA POLÍTICA DE SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL

Ano: 2008 | Volume: 6 | Número: 2
Autores: Ribeiro, L., Lima de M Pedrosa, C., & Ramalho Ribeiro, M.
Autor Correspondente: Luziana Ramalho Ribeiro | [email protected]

Palavras-chave: Serviço Social, Política de Saúde, Paradígmas Metodológicos

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O texto tem a pretensão de discutir problematizando as diferentes abordagens da política pública de saúde no Brasil, a partir do recorte da atuação do assistente social, tomando como eixo fundante a relação entre os processos de trabalho do assistente social e a influência teórico-metodológica que esse “bebe” nas Ciências Sociais. A pesquisa foi realizada com base no método qualitativo, caracterizando-se como descritiva e tendo como delineamento ser um estudo ex-post-facto aliado ao estudo bibliográfico. O objetivo geral deste estudo foi o de realizar uma leitura crítica acerca da intervenção do assistente social, quando da sua ação pela via da política pública de saúde; assim como pretendeu-se mapear as teias ideológicas e culturais que fomentam e consolidam a práxis do assistente social, enfatizando o caráter político da sua ação. Percebeu-se, como resultados, que a atuação do Serviço Social passa por três grandes fases: a positivista e das suas vertentes funcionalista e sistêmica, que está presente entre o começo e meados do século 20, quando do paradigma assistencialista/privatista, no qual o assistente social atuou como um mero tarefeiro, apenas reproduzindo a ordem posta, já que as políticas de saúde eram privatistas e visavam apenas aos trabalhadores urbanos; a perspectiva dialógica, presente no modelo sanitarista, vivenciado em meados do século 20, no qual o assistente social, atuou pelo viés da educação popular promovendo a educação em saúde; a abordagem materialista histórica e dialética presente na formulação das demandas sanitaristas e quando da constituição do paradigma do SUS e, da efetivação do PSF. Nessa perspectiva, o assistente social descobre-se como um agente de transformação social e constrói a sua ação a partir da crítica e busca da superação do projeto societário neoliberal.



Resumo Inglês:

The text intends to discuss problematizing the different approaches of public health policy in Brazil, based on the work of the social worker, taking as its fundamental axis the relationship between the work processes of the social worker and the theoretical-methodological influence that this "baby" in the social sciences. The research was carried out based on the qualitative method, being characterized as descriptive and having as outline an ex-post-fact study allied to the bibliographic study. The general objective of this study was to make a critical reading about the intervention of the social worker, when acting through the public health policy; It was intended to map the ideological and cultural webs that foster and consolidate the social worker praxis, emphasizing the political character of his action. As a result, it was noticed that the work of Social Work goes through three major phases: the positivist and its functionalist and systemic aspects, which is present between the beginning and the middle of the 20th century, when the welfare / privatist paradigm, in which the social worker acted as a mere chore, merely reproducing the order put in, since health policies were privatistic and aimed only at urban workers; the dialogical perspective, present in the sanitary model, experienced in the middle of the 20th century, in which the social worker acted through the bias of popular education promoting health education; the historical and dialectical materialist approach present in the formulation of sanitary demands and when the SUS paradigm was constituted and the PSF implemented. From this perspective, the social worker discovers himself as an agent of social transformation and builds his action from the critique and search for overcoming the neoliberal societal project.