Este trabalho objetiva entender as relações sociais de produção da música enquanto mercadoria em seu processo de feitura a partir da exploração do trabalhador musical. Tomando por base as reflexões presentes em O Capital, de Marx, busca-se compreender os valores de uso e de troca da mercadoria musical, sua equivalência e valor relativo, bem como sua fetichização a partir da abstração das relações materiais que a concebem. Através da experiência como músico em Campina Grande – PB e da coleta de relatos de artistas locais, busca-se compreender as dinâmicas sociais que conferem valor à mercadoria musical a partir das relações de exploração dos músicos e artistas. As conclusões demonstram a informalidade estrutural no campo da arte, o processo de flexibilização dos cachês pagos convertidos em couvert, a simplificação das estruturas musicais que permitem a ampliação da reprodutibilidade em escala industrial. Mais do que uma manifestação das pulsões artísticas humanas, a música entendida como produto industrializado revela as bases materiais do modo de (re)produção do capital e sua frenética busca por ampliar-se, atingindo níveis mais altos de acumulação por meio de sua artealização.
Este trabalho objetiva entender as relações sociais de produção da música enquanto mercadoria em seu processo de feitura a partir da exploração do trabalhador musical. Tomando por base as reflexões presentes em O Capital, de Marx, busca-se compreender os valores de uso e de troca da mercadoria musical, sua equivalência e valor relativo, bem como sua fetichização a partir da abstração das relações materiais que a concebem. Através da experiência como músico em Campina Grande – PB e da coleta de relatos de artistas locais, busca-se compreender as dinâmicas sociais que conferem valor à mercadoria musical a partir das relações de exploração dos músicos e artistas. As conclusões demonstram a informalidade estrutural no campo da arte, o processo de flexibilização dos cachês pagos convertidos em couvert, a simplificação das estruturas musicais que permitem a ampliação da reprodutibilidade em escala industrial. Mais do que uma manifestação das pulsões artísticas humanas, a música entendida como produto industrializado revela as bases materiais do modo de (re)produção do capital e sua frenética busca por ampliar-se, atingindo níveis mais altos de acumulação por meio de sua artealização.