O tempo da escuta musical o ao vivo na música a partir da dimensão temporal da escuta conexa

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ISSN: 1807-8583
Editor Chefe: Basílio Sartor / Suely Fragoso
Início Publicação: 31/12/1996
Periodicidade: Mensal
Área de Estudo: Comunicação

O tempo da escuta musical o ao vivo na música a partir da dimensão temporal da escuta conexa

Ano: 2023 | Volume: 0 | Número: 55
Autores: Victor de Almeida Nobre Pires
Autor Correspondente: Victor de Almeida Nobre Pires | [email protected]

Palavras-chave: escuta conexa, aovivismo musical, shows online, plataformas digitais

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente trabalho propõe uma reflexão sobre a dimensão temporal da escuta conexa a partir do “aovivismo” musical. Entenderemos a escuta conexa, não como um modo particular de se escutar e consumir música, mas como um modo de entender a escuta musical em sentido mais amplo atentando para suas camadas “não-musicais”, ou seja, como uma prática comunicacional acionada através do engajamento entre o corpo humano e tecnologias de reprodução em regimes de conectividade em rede e através de plataformas digitais. Com base em três breves relatos de transmissões de shows recentes e seus desdobramentos nas mídias sociais propõe-se um debate sobre o “ao vivo” na música além uma condição técnica da gravação e transmissão, mas, sim, como um efeito construído através de agenciamentos das assincronias e temporalidades complexas da performance gravada, entendendo a escuta musical como um elemento temporalizador e agenciador de um tempo presente.



Resumo Inglês:

This paper proposes a reflection on the temporal dimension of connected listeningthrough musical liveness. We will understand connected listening, not as a particular way of listening to and consuming music, but as a way of understanding musical listening in abroader sense, paying attention to its "non-musical" layers, that is, as a communicational practice activated through the engagement between the human body and reproduction technologiesin networked connection regimesand through digital platforms. Based on three brief reports on recent live show broadcasts, we propose a debate on "live" music, not as a technical condition of recording and transmission, but as an effect constructed through the agency of asynchronies and complex temporalities of recorded performance, understanding musical listening as a temporalizing and agentic element of a present time.