O tempo husserliano: um fantasma que não deixa de existir
Journal of Education, Science and Health
O tempo husserliano: um fantasma que não deixa de existir
Autor Correspondente: C. C. C. Santos | [email protected]
Palavras-chave: auda retencional do passado, Consciência interna, Interioridade, Zonas de passagem
Resumos Cadastrados
Resumo Português:
Este artigo tem o objetivo de fazer uma análise crítica da obra husserliana: “Lições para uma fenomenologia da consciência interna do tempo” publicada originalmente em 1928. Nesta obra, Husserl procura fazer uma análise fenomenológica da consciência do tempo. Segundo ele, para conhecer a fundo as manifestações do tempo dentro de nós, é necessário conhecer o fundo muito profundo de sua interioridade. O problema central de nossa investigação filosófica é este: o que há dentro do tempo e como podemos conhecer a fundo a sua interioridade? Em resumo, a resposta seria: conhecendo a sua consciência interna. Pois é, para Husserl, o tempo tem consciência. Ao longo do texto, iremos analisar fenomenologicamente as múltiplas zonas de passagem do tempo constituídas de halos temporais que iluminam o fluxo invisível da duração. Tal análise está voltada particularmente para a realidade virtual a qual é constituída de uma cauda retencional do passado alimentada por retenções primárias e/ou secundárias. Para tanto, a metodologia desta pesquisa é de cunho crítico-reflexiva. Concluímos que o tempo husserliano é, na verdade, um grande fantasma encrustado no fluxo temporal de vivências psíquicas.
Resumo Inglês:
This paper aims to make a critical analysis of the Husserlian work: “Lessons for a phenomenology of the internal consciousness of time” originally published in 1928. In this work, Husserl seeks to make a phenomenological analysis of the consciousness of time. According to him, in order to fully understand the manifestations of time within us, it is necessary to know the very deep depth of his interiority. The central problem of our philosophical investigation is this: what is there within time and how can we get to know its interiority in depth? In short, the answer would be: knowing your inner consciousness. Well, for Husserl, time is consciousness. Throughout the text, we will phenomenologically analyze the multiple time-passing zones made up of temporal halos that illuminate the invisible flow of duration. Such analysis is particularly focused on virtual reality, which consists of a retentional tail of the past fed by primary and / or secondary retentions. Therefore, the methodology of this research is of a critical-reflexive nature. We conclude that Husserlian time is, in fact, a great ghost embedded in the temporal flow of psychic experiences.