Este artigo aborda a autobiografia Moi, Pierre Seel, déporté homosexuel (“Eu, Pierre
Seel, deportado homossexualâ€, sem tradução para o português), testemunho de um francês
homossexual que falou abertamente sobre sua experiência de deportado durante a Segunda Guerra
Mundial e de prisioneiro de campo de concentração nazista. Utilizando como embasamento teórico
a Teoria do Testemunho, que estuda os diversos tipos de narrativas testemunhais sobre situação de
violência e eventos limites, o foco desse trabalho é observar as questões referentes a esse tipo de
produção do ponto de vista de um homossexual. Além disso, busca-se elucidar as razões que
levaram os sobreviventes homossexuais a ficarem fadados por tanto tempo ao esquecimento da
história oficial.
This paper examines the autobiography Moi, Pierre Seel, déporté homosexuel (I,
Pierre Seel, Deported Homosexual), testimony of a gay French who openly speak about his
experience of deportation during the Second World War and prisoner of a Nazi concentration camp.
Using as a theoretical basis the Theory of Testimony, which studies the different types of witness
narratives about events and situations of extreme violence, the focus of this work is to observe the
issues relating to this type of production from the point of view of a homosexual. Furthermore, we
attempt to elucidate the reasons why the gay survivors remained forgotten for so long at the official
history.