O objetivo deste estudo se constitui na esteira histórico-ecológica que direciona como o termo “cerrado” deixa de ser usado como modificador como em “campos cerrados”, “bioma cerrado, domínio cerrado”, para assumir funções nominais referenciais, ou seja, passa a designar, além do bioma cerrado propriamente dito, todo espaço rural goiano, ainda que esses lugares não apresentem as características de “savana floristicamente rica”. O “cerrado” ultrapassa esses limites fitofisionômicos para abranger outras feições morfológicas e climáticas e outras condições ecológicas para se consolidar como elemento identitário goiano usado em função toponímica. Este estudo pauta-se na proposta ecossistêmica, na inter-relação língua e ambiente mental ou físico representados pelo tripé língua, população e território. O estudo retoma a discussão sobre uma identidade cerradeira, que simboliza o habitante deste território, fruto ou não do amálgama cultural dos povos, cujos conhecimentos evidenciam as identidades do povo goiano vinculadas ao topônimo “Cerrado”.