A reestruturação produtiva costuma ser interpretada a partir de teorias “pós-
-fordistas†cuja capacidade explicativa para paÃses em desenvolvimento têm sido
questionada, em função das particularidades sócio-econômicas e histórico-polÃticas
destes últimos. Este artigo se propõe a esmiuçar a natureza da reestruturação a
partir do fenômeno da financeirização do capital, para então analisar seu significado
para o mundo do trabalho. Neste sentido, a reestruturação produtiva teria caráter
diferenciado em diferentes partes do mundo, pois estaria inserida numa nova divisão
internacional do trabalho, coerente com uma lógica de maximização dos ganhos
comandada pelas finanças, e segundo interesses localizados em certos paÃses.
Productive restructuring is usually interpreted from the point of view of “post
fordist†theories, whose application to developing countries has been widely questioned
due to the socio-economic and political-historical specificities of the latter.
This paper intends to scrutinize the nature of this restructuring from the point of
view of the financialization of capital in order to analyze its meaning for the world
of labor. In this sense, productive restructuring would have a different character in
different parts of the world, for it would be included in a new international labor
division, coherent with a logic of maximization of returns commanded by finance,
and according to localized interests in certain countries.