Este artigo apresenta um levantamento de manifestações gráficas guarani mbya aplicadas a construções em aldeias da cidade de São Paulo. Procura-se identificar de que maneira os padrões tradicionalmente utilizados na produção da cestaria (ajaka) são trans-postos para outros suportes, evidenciando sua relevância na produção de diferenciação em meio ao diálogo das aldeias com o seu entorno e dos Guarani com o mundo não-indígena. O levantamento, realizado em quatro aldeias do município, buscou elencar aspectos processuais e formais de tais manifestações, revelando como a linguagem visual em-pregada tradicionalmente no artesanato passa por processos que reiteram o uso de variações composicionais e as relações entre os elementos plásticos e gráficos.