O TRANSCENDENTE E SUAS VARIAÇÕES NA FENOMENOLOGIA TRANSCENDENTAL DE EDMUND HUSSERL 2

Prometeus Filosofia Em Revista

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ISSN: 2176-5960
Editor Chefe: Aldo Dinucci
Início Publicação: 31/12/2007
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Filosofia

O TRANSCENDENTE E SUAS VARIAÇÕES NA FENOMENOLOGIA TRANSCENDENTAL DE EDMUND HUSSERL 2

Ano: 2012 | Volume: 5 | Número: 9
Autores: Carlos Diógenes Côrtes Tourinho
Autor Correspondente: Carlos Diógenes Côrtes Tourinho | [email protected]

Palavras-chave: Fenomenologia transcendental, Edmund Husserl, Transcendência, Objetividade imanente.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Como estratégia metodológica para o alcance das evidências apodíticas, o exercício
da epoché se lança, inicialmente, sobre tudo o que é transcendente, no sentido do que se
encontra fora da vivência intelectiva. Desloca-se a atenção para o que se revela na cogitatio.
Mas Husserl vai além da chamada “evidência da cogitatio” ao generalizar a epoché. O
transcendente passa a ser entendido como o domínio de onde não se pode eliminar a
possibilidade da dúvida em relação à posição de existência das coisas. Se pela epoché o objeto
se reduz à consciência transcendental, essa mesma redução implica uma constituição do objeto,
tornando o mesmo uma espécie de “transcendência na imanência”. Apesar da imanência, o
objeto intencionado não perde, em sua versão reduzida, a sua alteridade. Deparamo-nos, então,
com um terceiro emprego do conceito de “transcendente”. O objeto é apreendido e constituído
intuitivamente na subjetividade transcendental. Mas, o eu puro é também um tipo de
transcedência na imanência. Porém, uma “transcendência original”, pois é uma transcendência
“não constituída”. Desloca-se a ideia do transcendente: do domínio das dúvidas e incertezas
para a autêntica imanência da subjetividade transcendental.



Resumo Inglês:

As a methodological strategy to achieve the apodictic evidence, the exercise of
epoché is directed to what is transcendent in the sense of what is outside of the intellective
experience. The attention turns to what is revealed in cogitatio. But Husserl goes beyond the so
called "evidence of cogitatio" in that it generalizes the epoché. The transcendent is understood
as the domain where one can not eliminate the possibility of doubt regarding the position of theexistence of things. With the epoché the object is reduced to transcendental consciousness. Such
reduction implies a constitution of the object, making it a sort of "transcendence in immanence".
Despite of the immanence, the intentioned object does not lose in its reduced version its
otherness. We find then a third use of the concept of "transcendent". The object is seized and
constituted intuitively in transcendental subjectivity. But the pure self is also a kind of
transcendence in immanence. However, a "transcendence original" because is a transcendence
"not constituted". Changes the idea of transcendent: of the domain of doubt and uncertainty to
the immanence authentic of transcendental subjectivity.