Esse artigo busca refletir a respeito das escolas e o papel da inclusão de alunos com transtorno do
espectro autista. A Educação Inclusiva tem sido caracterizada como um “novo paradigma”, que se
constitui pelo apreço à diversidade como condição a ser valorizada, pois é benéfica à escolarização
de todas as pessoas, pelo respeito aos diferentes ritmos de aprendizagem e pela proposição de ou-
tras práticas pedagógicas, o que exige ruptura com o instituído na sociedade e, consequentemente,
nos sistemas de ensino. A ideia de ruptura é rotineiramente empregada em contraposição à ideia
de continuidade e tida como expressão do novo, podendo causar deslumbramento a ponto de não
ser questionada e repetir-se como modelo que nada transforma. Todas as pessoas são diferentes
e por lei, a educação inclusiva é um direito de todos os alunos. A tendência educacional atual é
caminhar para uma educação inclusiva, na qual todas as crianças aprendem, mas continuam a ser
observados múltiplos casos de exclusão social e bullying. Portanto, é preciso intervir, pois continuam
existindo atitudes negativas em relação às pessoas com deficiência que dificultam ou impedem a
inclusão plena no campo educacional, além de observar que ainda há uma tendência de matricular
crianças com diversidade funcional em centros educacionais específicos.