O presente artigo tem como objetivo perscrutar uma das principais orientações mobilizadas para a organização e escrita da História do Brasil, centrada, desde o momento do “achamentoâ€, perpassando o século XIX e o XX, até os dias hodiernos, na constante exacerbação da homogeneidade espacial, natural e humana como aspectos positivos e determinantes do Brasil. Essa forma de ver e explicar o que hoje designamos de Brasil apropriou-se do entendimento dos colonizadores que privilegiaram em suas explicações a homogeneidade em detrimento da multiplicidade. Mesmo após os acontecimentos polÃticos como a Independência do paÃs em 1822 ou a proclamação da República essa lógica de entendimento foi mantida e a jovem Nação brasileira continuou ser exaltada como um paÃs uno onde uma pequena amostra da parte, usualmente o centro (polÃtico, administrativo e financeiro), basta para explicar o todo.
This article aims to scrutinize one of the main guidelines for the organization mobilized and writing the history of Brazil centered from the moment of "discovery" spanning the nineteenth and twentieth century’s until today's day in the constant exacerbation of homogeneity natural and human as positive aspects and determinants of Brazil. This way of seeing and explaining what we now call Brazil appropriated for the understanding of the colonists who favored the homogeneity in their explanations rather than the multiplicity. Even after the political events of country's independence in 1822 and the proclamation of the Republic of understanding this logic was maintained and the young Brazilian nation continued to be elevated as a country where one part of a small sample, usually the center (political, administrative and financial), just to explain the whole