O uso indiscriminado de psicoestimulantes entre estudantes universitários se tornou comum em busca de maior desempenho cognitivo. Um desses psicoestimulantes é o cloridrato de metilfenidato, conhecido comercialmente por Ritalina®. O objetivo deste artigo é apresentar a prevalência do uso de Ritalina® por acadêmicos de uma instituição de ensino superior, entre os meses de agosto a novembro de 2019. Foram abordados 144 estudantes de vários cursos, principalmente de ciências da saúde (Farmácia, Enfermagem, Veterinária, Educação Física, Odontologia e outros) de uma Instituição de Ensino Superior (IES). Os resultados mais relevantes mostraram que é prevalente o uso de Ritalina® entre estudantes da área de saúde, com faixa etária entre 22 e 27 anos, que admitiram conseguir o medicamento sem prescrição, com amigos, parentes, médicos e, também, com farmacêuticos. Apesar da revisão literária mencionar que os prejuízos ao usuário podem ultrapassar os limites da piora no desempenho cognitivo, o uso indiscriminado se mostrou prevalente entre estudantes dos 3º, 4º e 5º períodos (semestres) dos cursos de saúde. Considerando os resultados obtidos e a conduta incoerente de profissionais ao facilitar a aquisição da Ritalina®, espera-se que haja maior empenho de profissionais éticos e de órgãos fiscalizadores no intuito de inibir a distribuição desse e de outros psicoestimulantes sem a devida prescrição de profissionais competentes.
The indiscriminate use of psychostimulants among college students has become common in pursuit of higher cognitive performance. One such psychostimulant is methylphenidate hydrochloride, commercially known as Ritalin®. The aim of this paper is to present the prevalence of Ritalina® use by academics of a higher education institution, between August and November 2019. 144 students from various courses, mainly health sciences (Pharmacy, Nursing, Veterinary, Physical Education, Dentistry and others) of a Higher Education Institution (HEI). The most relevant results showed that the use of Ritalin® is prevalent among health students, aged 22 to 27 years, who admitted to get the drug without prescription, with friends, relatives, doctors and also with pharmacists. Although the literature review mentions that harm to the user may exceed the limits of worsening cognitive performance, indiscriminate use was prevalent among students from the 3rd, 4th and 5th semesters of health courses. Considering the results obtained and the inconsistent conduct of professionals in facilitating the acquisition of Ritalina®, it is expected that there is a greater commitment of ethical professionals and supervisory bodies in order to inhibit the distribution of this and other psychostimulants without the proper prescription of competent professionals.