O verbo “meter”: da estrutura prototípica às extensões semântico-cognitivas

Revista do GELNE

Endereço:
Avenida Senador Salgado Filho, 3000 - Lagoa Nova
Natal / RN
59064-741
Site: https://periodicos.ufrn.br/gelne/index
Telefone: (84) 3342-2220
ISSN: 1517-7874
Editor Chefe: Sulemi Fabiano Campos
Início Publicação: 31/05/1999
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Linguística

O verbo “meter”: da estrutura prototípica às extensões semântico-cognitivas

Ano: 2011 | Volume: 13 | Número: 1
Autores: Isabella Venceslau Fortunato
Autor Correspondente: I. V. FORTUNATO | [email protected]

Palavras-chave: semântica cognitiva; construções com verbo-suporte; verbos de movimento

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Um dos grandes “choques” linguísticos entre falantes do PE (português europeu) e PB (português brasileiro) – para além das diferenças fonéticas e lexicais – é a maneira como cada variedade combina seus lexemas na formação de sintagmas verbais. Há uma tendência, nas línguas naturais, de fazer com que – a partir dessas combinações e da sua freqüência de uso –essas adquiram certo grau de fixidez, tanto sintática como semântica. Isso explica como é possível que um determinado domínio cognitivo possa ser verbalizado por uma combinação específica de itens lexicais em uma variedade e que essa mesma sequência seja agramatical em outra,mostrando que traços semânticos podem ser ativados ou permanecer latentes, a depender das necessidades comunicativas de cada comunidade linguística. Partindo de um verbo específico como “meter”, observaremos como o PB e o PE utilizam o mesmo verbo para denominar domínios semânticos diferentes, mostrando que a combinação semântico-sintática do verbo com seus complementos apontam não só para uma diferença cultural, mas para uma distinção mais profunda, de natureza cognitiva, tanto na peculiaridade do recorte que cada um faz do mundo como na maneira de categorizar as informações dele extraídas.