O presente artigo consiste numa investigação filosófica do romance Oblómov, publicado por Ivan Gontcharóv na Rússia de 1859, e da recepção desta obra nas mãos de Nikolai Dobroliúbov, cuja crítica “O que é oblomovismo?” se mostrou central ao movimento revolucionário que então ganhava tonalidades mais extremas. Nesta investigação, apresentaremos e desenvolveremos o conceito de “ideal” oriundo da filosofia da arte de Hegel, demonstrando tanto a sua centralidade para o entendimento do romance quanto para o da noção de oblomovismo.