Atualmente é imperativo explicar por que os regimes latino-americanos não têm conseguido fomentar uma participação polÃtica mais intensa e por que o novo status democrático não tem criado as bases para a redução da desigualdade social. A despeito do surgimento de novos dispositivos de mobilização polÃtica – tais como o capital social –, o problema da apatia e anomia se mantêm. Este artigo examina os dilemas para o processo de construção democrática, destacando a prevalência de práticas polÃticas danosas para a coesão social. Em seguida discute os limites do capital social em sociedades materialmente não resolvidas com base em pesquisa survey realizada em três cidades latino-americanas (Santiago do Chile, Montevidéu, Uruguai) e em Porto Alegre, Brasil. Os resultados indicam que o potencial de capital social na promoção de uma maior participação polÃtica, embora promissor, precisa ser integrado ao Estado e a sociedade.
Presently, it has become imperative to explain why some regimes in Latin America have not been able to promote a more intense political participation and why the new democratic status has not created the bases for the reduction of social inequalities. In spite of the emergence of new political mobilization practices – such as the social capital –, the problem of anomy and apathy remain present. This article examines the dilemmas created by the process of democratic construction, emphasizing the prevalence of political practices harmful for social cohesion. It is also discussed the limits of social capital in societies that have not solved their material needs. The data base is a comparative survey conducted in 2005 in three Latin American cities: Santiago de Chile, Montevideo, in Uruguay, and Porto Alegre, in Brazil. The results indicate that the potential of social capital for promoting more political participation, although promising, needs to be integrated to the State and the society.