Oclusão Percutânea de Comunicação Interventricular por Via Arterial: Técnica Alternativa

Revista Brasileira De Cardiologia Invasiva

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Telefone: (11) 3849-5034
ISSN: 1041843
Editor Chefe: Áurea Jacob Chaves
Início Publicação: 31/12/1992
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Medicina

Oclusão Percutânea de Comunicação Interventricular por Via Arterial: Técnica Alternativa

Ano: 2011 | Volume: 19 | Número: 3
Autores: Francisco José Araujo Chamié de Queiroz, Luiz Carlos do Nascimento Simões, Daniel Silva Chamié de Queiroz, João Carlos Tress, Maximiliano Otero Lacoste
Autor Correspondente: Francisco José Araujo Chamié de Queiroz | [email protected]

Palavras-chave: Comunicação interventricular, Cateterismo cardíaco, Próteses e implantes, Cardiopatias congênitas.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A oclusão percutânea das comunicações interventriculares
(CIVs) surgiu como uma alternativa ao tratamento
cirúrgico ainda na década de 1980. Durante o
implante da prótese por via anterógrada, a formação de uma
alça arteriovenosa com a guia é tecnicamente difícil e
demanda tempo. O objetivo deste estudo foi apresentar a
experiência dos autores com a via retrógada e mostrar sua
exequibilidade nos diversos tipos de CIV. Métodos: Foram
incluídos pacientes portadores de defeitos do septo interventricular,
que não apresentassem outros defeitos associados.
Os casos foram selecionados por meio de ecocardiografia
transtorácica. Resultados: No total, 8 pacientes foram
submetidos ao procedimento, 4 portadores de CIV muscular
e 4 portadores de CIV perimembranosa. Metade era do sexo
masculino, as idades variaram de 7 anos a 32 anos (18,6 + 7,8
anos) e os pesos, de 30 kg a 97 kg (66,12 + 24,7 kg). Os
diâmetros dos defeitos variaram de 2 mm a 8,6 mm (5 +
2,4 mm). O implante foi possível em todos os casos, e a
prótese mais utilizada foi a Lifetech CeraTM tipo I. As próteses
AmplatzerTM Muscular VSD Occluder e Lifetech CeraTM
tipo II também foram empregadas. Duas próteses embolizaram
imediatamente após o implante e foram retiradas.
Oclusão imediata ocorreu em 75%. Uma paciente apresentou
bloqueio atrioventricular total na semana seguinte ao procedimento.
Foi tratada com esteroides, obtendo a reversão
para ritmo sinusal. Conclusões: A utilização da via retrógrada
mostrou-se eficaz na oclusão de todos os tipos
morfológicos de CIV com próteses de duplo disco. Os
autores sugerem essa técnica como alternativa para a
oclusão percutânea das CIVs de qualquer morfologia.



Resumo Inglês:

Transcatheter occlusion of ventricular septal
defects (VSDs) was developed as an alternative to surgical
treatment in the 80’s. During anterograde device implantation,
the formation of an arteriovenous loop with a guidewire
is technically difficult and time consuming. The aim
of this study is to present the authors’ experience with the
retrograde approach and demonstrate its feasibility in different
types of VSD. Methods: Patients with VSD with no other
associated defects were included in the study. Cases were
selected by transthoracic echocardiograms. Results: A total
of eight patients were submitted to the procedure, 4 with
muscular VSD and 4 with perimembranous VSD. Half of
them were male, with ages ranging from 7 to 32 years (18.6
+ 7.8 years) and weight ranging from 30 to 97 kg (66.12 +
24.7 kg). The defect diameter ranged from 2 to 8.6 mm (5
+ 2.4 mm). Implantation was possible in all patients and
the most commonly used device was Lifetech CeraTM Type I.
AmplatzerTM Muscular VSD Occluder, and Lifetech CeraTM
Type II devices were also used. Two devices embolized
immediately after implantation and were snared out. There
was immediate occlusion in 75% of the cases. One patient
had a complete atrioventricular block in the week following
the procedure. The patient was treated with steroids, and
was reverted to normal sinus rhythm. Conclusions: Retrograde
transcatheter VSD occlusion with double disk devices
proved to be effective in different types of VSD. The authors
suggest this technique as an alternative to percutaneous
occlusion of all types of VSD.