As ocupações das escolas públicas e a defesa da Sociologia no Ensino Médio

Sociologias Plurais

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ISSN: 23169249
Editor Chefe: Patricia dos Santos Dotti do Prado
Início Publicação: 05/10/2012
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Filosofia, Área de Estudo: História, Área de Estudo: Sociologia

As ocupações das escolas públicas e a defesa da Sociologia no Ensino Médio

Ano: 2018 | Volume: 4 | Número: 3
Autores: C. S. Pacheco, K. B. Mattar
Autor Correspondente: Carolina Simões Pacheco | [email protected]

Palavras-chave: Ensino de Sociologia, juventude, participação política.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente trabalho tem como tema central as reformas educacionais aprovadas em 2017 (MP 746 e PEC 55), em que a Sociologia deixa de ser obrigatória, e a consequente mobilização estudantil com a ocupação de centenas de escolas públicas no país.  Nosso objetivo principal é propor uma reflexão, através da ênfase no movimento das ocupações, sobre a forma como os estudantes estão vivenciando e compreendendo as discussões sobre educação. Disso, surge o objetivo específico em debater qual é a finalidade potencial que a disciplina de Sociologia assume nesse processo, tanto a partir da perspectiva legislativa e histórica quanto da narrativa dos próprios estudantes dentro das ocupações. Diante disso, partimos nossa análise da implementação da Sociologia como um processo intermitente no Brasil, evidenciando a fragilidade da sua permanência na grade curricular; para em seguida, discutir qual a experiência escolar desses jovens enquanto estudantes e ocupantes.  A hipótese aqui defendida é que essa experiência é negativa, e a retirada da obrigatoriedade da Sociologia reforça este processo. Por isso, a pergunta que nos norteia durante todo o trabalho é qual é a finalidade que a Sociologia pode e deve assumir neste contexto.  
 



Resumo Inglês:

The present work has as its central theme the educational reforms approved in 2017 (MP 746 and PEC 55), in which Sociology is no longer compulsory, and the consequent student mobilization with the occupation of hundreds of public schools in the country. Our main objective is to propose a reflection, through the emphasis on the movement of occupations, about the way students are living and understanding the discussions about education. From this arises the specific objective of debating what is the potential purpose that the discipline of sociology assumes in this process, both from the legislative and historical perspective and from the students' own narrative within the occupations. Given this, we start our analysis of the implementation of sociology as an intermittent process in Brazil, highlighting the fragility of its permanence in the curriculum; and then discuss the school experience of these young people as students and occupants. The hypothesis defended here is that this experience is negative, and the removal of the obligation of sociology reinforces this process. Therefore, the question that guides us throughout the work is what is the purpose that sociology can and should assume in this context.