OBJETIVOS: Em março/2020, nosso ambulatório de geriatria iniciou a teleconsulta por telefone em virtude da pandemia de COVID-19. O objetivo desta pesquisa foi conhecer a percepção dessa experiência por esses pacientes, por meio de suas narrativas.
METODOLOGIA: Pesquisa qualitativa com História Oral Temática e análise temática. Realizadas entrevistas abertas, nas quais os idosos narraram suas percepções sobre essa experiência.
RESULTADOS: Doze pacientes foram entrevistados de dezembro/2021 a janeiro/2022 e dois temas emergiram: vivência ante a teleconsulta e possibilidades e desafios da telemedicina. Alguns não identificaram que se tratava de uma teleconsulta. Nas possibilidades, afirmaram satisfação e conveniência em circunstâncias específicas. Nos desafios, apontaram preocupações com eficácia de comunicação e com necessidade de exame físico.
CONCLUSÃO: Existe uma boa recepção da teleconsulta, desde que respeitadas situações que demandem atendimento presencial. Considerando uma medicina centrada na pessoa, a escuta das narrativas dos idosos contribui para melhor estruturação de serviços de telemedicina em geriatria.
OBJECTIVES: In March/2020, our geriatric outpatient clinic implemented teleconsultation via telephone due to the COVID-19 pandemic. This study aimed to understand older patients' perceptions of this experience through their narratives.
METHODS: A qualitative study with Thematic Oral History and thematic analysis. We conducted open-ended interviews in which older patients narrated their perceptions of this experience.
RESULTS: Twelve patients were interviewed from December/2021 to January/2022, and 2 themes emerged: older patients' experience of teleconsultation and possibilities and challenges of telemedicine. Some patients did not identify the call as a teleconsultation. Regarding possibilities, patients reported satisfaction and convenience in specific circumstances. As for challenges, patients reported concerns about the effectiveness of communication and need for physical examination.
CONCLUSION: Teleconsultation is well accepted, as long as situations that require face-to-face interactions are considered. Considering person-centered medicine, listening to the narratives of older people contributes to a better structuring of telemedicine services in geriatrics.