A ontologia da operatividade na obra de Giorgio Agamben

Revista Sofia

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ISSN: 2317-2339
Editor Chefe: José Renato Salatiel
Início Publicação: 01/08/2012
Periodicidade: Bianual
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Filosofia

A ontologia da operatividade na obra de Giorgio Agamben

Ano: 2018 | Volume: 7 | Número: 1
Autores: Daniel Arruda Nascimento
Autor Correspondente: Daniel Arruda Nascimento | [email protected]

Palavras-chave: Filosofia política, Giorgio Agamben, Ontologia da operatividade.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Revistando o livro Opus Dei: archeologia dell’ufficio de Giorgio Agamben, publicado em
2012, pretendo nas páginas que se seguem expor em nova luz a crítica da ontologia da
operatividade e da efetividade proposta pelo filósofo italiano. Se em Il regno e la gloria: per una
genealogia teologica dell’economia e del governo, publicado em 2007, se tratava de investigar a
inoperosidade divina e humana como elemento constitutivo da nossa cultura governamental, cabe
agora introduzir os disparadores que permitirão a crítica à operatividade. Como veremos, o seu
pensamento está assim alinhado a uma fileira de críticos da ontologia que inclui autores de
diferentes matizes, todos incomodados com que se poderia chamar de alienação ontológica.
Considero que, na sua acepção contemporânea, essa linha se estende de Søren Kierkegaard a
Hannah Arendt, passando evidentemente por Martin Heidegger. Ao final, veremos como o
reconhecimento do triunfo do agir e do fazer sobre o âmbito do ser, do triunfo do ato sobre a
potência, influi sobre a política contemporânea. L’uso dei corpi, publicado em 2014, nos auxiliará
nesse caminho.



Resumo Inglês:

Reading again the book Opus Dei: archeologia dell’ufficio written by Giorgio Agamben,
published in 2012, we present, through a proper light, his critical assessment of the ontology of
operability and of the ontology of effectiveness. If in Il regno e la gloria: per una genealogia
teologica dell’economia e del governo, published in 2007, the focus was to investigate the divine
and human inoperability as a constitutive element of our governmental culture, at this point the
aim is to introduce the triggers that will allow the criticism of operability. As we will see, his
philosophy is thereby adjusted to a line of ontological thinkers which include authors from different
backgrounds, all of them concerned with what could be called ontological alienation. In a
contemporary aception, this line is extended from Søren Kierkegaard to Hannah Arendt, passing
through Martin Heidegger. At the end of the article, we will examine how the acknowledgment of
the triumph of acting and making against the sphere of being, the triumph of act against potency,
influence contemporary politics. L’uso dei corpi, published in 2014, will help us in this last moment