A ONTOLOGIA MORTAL DE MARTIN HEIDEGGER

Natureza Humana Revista Internacional de Filosofia e Psicanálise

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ISSN: 2175-2834
Editor Chefe: Zeljko Loparic
Início Publicação: 31/05/2015
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Filosofia

A ONTOLOGIA MORTAL DE MARTIN HEIDEGGER

Ano: 2017 | Volume: 19 | Número: 2
Autores: Wagner Felix
Autor Correspondente: Wagner Felix | [email protected]

Palavras-chave: Heidegger; temporalidade; ontologia fundamental; ser para a morte.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo tem como objetivo discutir algumas das maneiras como o conceito heideggeriano de “ser para a morte” é decisivo para a tarefa da ontologia fundamental delineada por Heidegger em Ser e tempo. Partindo da assunção de que o tempo é o horizonte da compreensão do ser em geral, o modo originário de doação do ser deverá ser compreendido temporalmente. À medida que a temporalidade do ser-aí é primeiro desentranhada por meio da análise do ser para a morte como sua possibilidade mais própria, não será suficiente o esclarecimento das estruturas da existência na forma de uma estrutura conceitual do tempo; porém, o modo da doação de ser deverá efetivar-se na morte. A tarefa da ontologia fundamental, ou seja, a pergunta por como podemos em geral saber não poderá mais ser resolvida nem na relação do ente finito com o infinito transcendente, nem como manifestação infinita da vontade, mas deverá resolver-se a partir da finitude mais radical.



Resumo Inglês:

This paper aims to discuss some of the ways in which the heideggerian concept of “being towards death” is decisive for the task of the fundamental ontology as proposed by Heidegger in Being and Time. From the assumption that time is the horizon of the understanding of Being in general, the original mode of donation of being must be temporally understood. Insofar as the temporality of Dasein is first revealed through the analysis of being towards death as its ownmost possibility, it should not be enough to clarify the structures of existence in the form of a conceptual structure of time; the mode of donation of Being should be brought about in death. The task of the fundamental ontology, i. e., the question of how we can in general know, cannot be resolved anymore in the relationship between the finite being and the infinite transcendent, nor as infinite manifestation of will, though it should be resolved from the most radical finitude.