O presente aborda o contexto da multiculturalidade presente em salas de aula e a necessidade de dialogar e propor estratégias metodológicas de traduções ontológicas e diálogos interculturais entre as populações tradicionais, em que pese, populações indígenas, comunidades ribeirinhas e populações quilombolas, e os conteúdos científicos generalizantes e universalizantes presentes na educação formal. Tal necessidade alinha-se à perspectiva da decolonização no ensino, que perpassa pela reformulação ou adequação curricular às diversas realidades étnicas presentes no território brasileiro. O texto foi construído a partir de reflexões etnográficas dos autores, bem como pautou-se em narrativas autobiográficas coletadas de 2018 à 2020 articulados a reflexões teóricas sobre a temática devido ás particularidades impostas pela pandemia de COVID-19.