O câncer é uma doença da idade avançada; 60% dos diagnósticos de câncer e 70% das mortes por câncer ocorrem em indivíduos ≥ 65 anos. O envelhecimento oral normal pode tornar-se patológico na presença de um ou mais fatores modificadores em potencial, como um novo diagnóstico ou tratamento oncológico. As afecções orais causam morbidade significativa em pacientes com câncer. Pesquisas anteriores sugerem que as afecções orais não são bem questionadas, (re)avaliadas, manejadas ou investigadas em pacientes idosos. As afecções orais mais frequentemente relatadas em pacientes submetidos à terapia oncológica incluem xerostomia, disgeusia, candidíase, mucosite e cárie dentária. Alguns tratamentos oncológicos, como o transplante de células-tronco hematopoiéticas ou a quimiorradioterapia para cânceres de cabeça e pescoço, acarretam maior risco de complicações orais. Não há recomendações específicas para pessoas idosas com afecções orais associadas ao câncer. As recomendações de tratamento são baseadas em evidências de baixo nível e/ou extrapoladas de pacientes oncológicos mais jovens.
Cancer is a disease of older adults, with 60% of cancer diagnoses and 70% of cancer deaths occurring in individuals ≥ 65 years. Normal oral aging may transition to disease in the presence of one or more potential modifiers, such as a new oncological diagnosis or a new treatment. Oral conditions in patients with cancer cause significant morbidity. Previous work suggests that oral conditions are neither elicited/assessed/reassessed nor well-managed or investigated in older patients. However, frequently reported oral conditions in patients undergoing cancer therapy include xerostomia, dysgeusia, candidiasis, mucositis, and dental caries. Some oncological treatments such as hematopoietic stem cell transplant or chemotherapy/radiotherapy for head and neck cancers entail higher risks of oral complications. No specific recommendations in the case of older adults with cancer-associated oral conditions are available. Treatment recommendations are based on low levels of evidence and/or evidence extrapolated from younger patients with cancer.