Este trabalho caracteriza-se como um estudo de natureza qualitativa que
pretendeu responder a seguinte questão de pesquisa: Em que medida uma
Empresa Júnior caracteriza-se como uma organização de aprendizagem?
Para tanto, procedeu-se a um levantamento de campo, baseado em
entrevistas em profundidade. O processo de coleta de dados consistiu na
abordagem a doze membros de uma Empresa Júnior instalada em uma
Universidade no Rio de Janeiro. As entrevistas seguiram um roteiro
semiestruturado onde se buscou investigar os elementos considerados
como caracterizadores de organizações de aprendizagem e as cinco
disciplinas de Senge (1990). A análise do conteúdo das entrevistas
revelou que a organização domina duas das disciplinas de nÃvel individual
de Senge (1990): DomÃnio Pessoal e Modelos Mentais. Foi possÃvel
identificar certo esforço no sentido de desenvolver ferramentas que
permitam o domÃnio das outras três disciplinas de Senge (1990) que
tratam do nÃvel coletivo. Entretanto, a alta rotatividade representa um
entrave, especialmente ao RaciocÃnio Sistêmico e impede o
desenvolvimento integral do processo de aprendizagem organizacional,
de acordo com os pressupostos de Garvin (1993).