As mudanças no cenário estratégico mundial, decorrentes do fim da
Guerra Fria, exigiram da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte)
a adoção de um novo conceito estratégico, que ampliou sua margem de ação para além da região euro-atlântica. A expectativa de uma agressão calculada e de grandes proporções foi substituÃda por uma noção de ameaça mais ampla e multidirecionada, como o terrorismo, a proliferação de armas de destruição em massa e os conflitos étnicos. Ultimamente, os europeus têm procurado, sem muito sucesso, afirmar sua IESD (Identidade Européia de Segurança e Defesa), que possibilitaria a Europa uma maior autonomia e poder de decisão nas questões relativas à sua própria segurança e defesa. No caso do Brasil, intercâmbios e parcerias estratégicas com a OTAN podem ser vantajosas para as Forças Armadas Brasileiras e para a indústria nacional, particularmente a bélica.
The changes in the worldwide strategic landscape, brought by the end of the Cold War, demanded from NATO (North Atlantic Treaty Organization) the adoption of a new strategic concept, which enlarged its sphere of action beyond the euro-atlantic area. The expectancy of a calculated and full-scale aggression was replaced by the perception of multi-faceted and multi-directional risks such as terrorism, proliferation of weapons of mass destruction and ethnic rivalries. Lately, the europeans have been trying (without much success) to improve their ESDI (European Security and Defense Identity) in order to assume a greater degree of autonomy and power of decision for the defense and security issues of Europe. In Brazil’s case, interchanges and strategic partnerships with NATO can be profitable for the Brazilian Armed Forces and national industry, specially the belic one.