Este trabalho parte de uma etnografia com os praticantes das Cambindas na cidade de Taperoá, interior da Paraíba, e pretende apresentar as disputas e as práticas em torno da construção de uma tradição de conhecimento pertencente a determinados grupos sociais e étnicos. Assim, procurar-se-á perceber como estes arranjos são atribuídos ao manejo do cortejo da Cambinda e como este saber adentra nos mais diferenciados espaços revestidos pela organização familiar concatenados, por sua vez, com as dinâmicas urbanas e políticas ali existentes. O artigo deseja pontuar as relações sociais e os espaços de evocações do que se constitui a tradição de conhecimento deste saber local articulado por uma parentela negra da cidade, a família Levino.
This work is based on an ethnography with the practitioners of the Cambindas in the city of Taperoá, interior of Paraíba, and intends to present the disputes and practices around the construction of a tradition of knowledge belonging to certain social and ethnic groups. Thus, we will try to understand how these arrangements are attributed to the management of the procession of the Cambinda and how it knows the most differentiated spaces covered by the family organization concatenated, in turn, with the urban and political dynamics existing there. Punctuate social relations and spaces of evocations of what constitutes the tradition of knowledge of this local knowledge articulated by a black relative of the city, Levino family.