A comunicação é um dos principais fatores do processo de integração do ser humano, significando participação, convivência e socialização, tendo a família como a base mais importante desse processo. A limitação ocasionada pela deficiência auditiva (DA) acarreta não apenas alterações no desenvolvimento de linguagem, mas nos aspectos: cognitivo, social, emocional e educacional (Iervolino, Castiglioni & Almeida, 2003). Uma das primeiras reações dos pais, ao receberem o diagnóstico da surdez, é a incerteza de como será a vida familiar depois da notícia que “desorganiza” uma estrutura, até então, constituída para um filho ouvinte. O papel dos especialistas, neste momento, é de fundamental importância, pois coloca os familiares em contato com as várias possibilidades oferecidas para o desenvolvimento da criança. O fonoaudiólogo orienta sobre as possibilidades terapêuticas, sobre as novidades tecnológicas oferecidas pelo mercado, oferecendo alternativas que garantam uma reestruturação e assim a convivência sadia com o mais novo membro da família (Amorim, 2006). Dessa forma, é criado um ambiente favorável para que a intervenção ocorra o mais rapidamente possível, evitando o atraso do desenvolvimento lingüístico que pode ocorrer diante da deficiência auditiva.