O trabalho procura pôr em questão certas dificuldades contidas no uso não-refletido do termo “amor†em psicanálise. Partindo da identificação de semânticas que caracterizam os significados da palavra “amorâ€, pergunta-se: “São estes significados que compõem e norteiam as coordenadas do entendimento psicanalÃtico?â€. O que se procura mostrar é como a aceitação da hipótese de inconsciente determinaria o eixo semântico e conceitual com que se aborda tudo o que se designa como “amorâ€.
De forma bem sintética, o autor examina que fatores caracterizariam o determinismo do amar e dos amores. Traça um quadro onde é possÃvel situar como o pensamento psicanalÃtico entende a origem de muitos sofrimentos deles decorrentes. Retoma e reconsidera a enorme importância de conceber-se o encontro de “amorâ€. Desse modo, o trabalho é um roteiro articulado para que se perceba: 1) a necessidade de repensar as implicações do sentido das transferências e dos amores na clÃnica psicanalÃtica; 2) a natureza dos fenômenos amatórios em função de aceitar-se a hipótese de uma inconsciente. A pergunta que ficaria no ar pode ser formulada assim: “Em que medida todos os amores se comportariam tal como previsto pelas metapsicologias mais dominantes no campo psicanalÃtico?â€.