O artigo analisa os contramovimentos construídos pelos agricultores ecologistas frente aos processos de institucionalização da agroecologia e mercantilização dos alimentos orgânicos. Estes envolvem estratégias de relocalização e territorialização dos circuitos de comércio. Os dados são provenientes de pesquisa conduzida junto à Rede Ecovida de Agroecologia na região metropolitana de Curitiba. Os resultados focalizam a intrincada arquitetura sociocultural que sustenta os novos circuitos de comércio, por meio dos quais são legitimados valores morais que distinguem o alimento ecológico de um produto orgânico.